Olha ai! Na Mopho não tem só bolsas femininas não, tem al
mofadas também meninos, da pra enfeitar a sala de televisão, o quarto, e por ai vai... Essa ai já tem "donos" Lara e Zuba.
Tudo sobre minha mãe
Oscar de Melhor filme estrangeiro, Melhor diretor e Prêmio do Júri Ecumênico do Festival de Cannes, Tudo Sobre Minha Mãe é o filme mais pessoal e mais maduro de Almodóvar. Refletindo numa trilha sonora mais intimista, que reserva espaço na película para ouvirmos, inteiramente, numa cena em que é mostrado um bairro menos elegante de Barcelona.
Manuela (a atriz argentina Cecilia Roth) leva o filho para assistir a uma montagem da peça Um Bonde Chamado Desejo, no dia de seu aniversário de 17 anos. Porém, a noite especial entre mãe e filho termina tragicamente com um atropelamento e a conseqüente morte do filho de Manuela. Devastada, Manuela vai atrás do pai de seu filho, um travesti que mora em Barcelona. Lá ela reencontra Agrado (Antonia San Juan), também travesti, que a apresenta a Maria (Penélope Cruz), que está grávida do pai de seu filho e descobre que tem Aids.
Propositalmente não mencionei nenhum ator, porque a intenção do cineasta espanhol é focar nas mulheres, seu universo e seus dilemas como mãe e como mulher. Um diálogo muito esclarecedor do papel feminino no mundo é dado logo no início do filme, quando o filho pergunta a mãe se ela seria capaz de se prostituir por ele, e ela responde: “Eu seria capaz de fazer qualquer coisa por você”.
Almodóvar também reserva espaço para os homens que se transformam em mulheres, e é no travesti Agrado que ele explica um pouco sobre esse universo marginalizado. “Nós ficamos mais autênticas quanto mais nós nos parecemos com o que sonhamos que somos”.
“A Bette Davis, Gena Rowlands, Romy Schneider... A todas as atrizes que interpretaram atrizes, a todas as mulheres que atuam, aos homens que atuam e se tornam mulheres, a todas as pessoas que querem ser mães. À minha mãe”. Pedro Almodóvar